Um laudo oficial da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso revelou que a defensora pública Gabriela Beck dos Santos apresentava sinais de lesão corporal de caráter contuso. Gabriela alega que foi agredida pela Polícia Militar (PM) durante sua detenção em uma ocupação na Fazenda Cinco Estrelas, na
zona rural de Novo Mundo.

Contexto da Ocupação
A confusão ocorreu em 27 de maio, quando a Polícia Militar foi informada de uma invasão por assentados na Fazenda Cinco Estrelas. A equipe policial foi ao local para desocupar a área e acabou detendo alguns dos supostos invasores, incluindo Gabriela Beck, a coordenadora da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Kamila Picalho, o agente da Pastoral Valdir Seze, e o padre Luís Cláudio.
Alegações de Truculência
A CPT emitiu uma nota denunciando que as detenções foram feitas sem ordem judicial e de maneira truculenta. A defensora pública foi acusada de estimular a invasão, mas ela nega as acusações e afirma que estava apenas exercendo suas atribuições profissionais. A área ocupada é parte do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Novo Mundo, criado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Laudo e Providências
Gabriela Beck apresentou o laudo de exame de corpo de delito na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O documento indica que as lesões são compatíveis com a data de sua prisão. A defensora pública-geral do estado, Maria Luziane Ribeiro de Castro, relatou as providências tomadas, incluindo a representação ao comando da PM para instauração de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o major envolvido e a futura representação ao Ministério Público Estadual (MPE).
Repercussão
A defensora pública-geral destacou a importância de proteger a integridade dos defensores públicos e denunciou as supostas violações cometidas. Deputados estaduais, como Wilson Santos (PSD) e Valdir Barranco (PT), foram informados dos detalhes do ocorrido.
A Situação das Famílias
Segundo a CPT, cerca de 74 famílias, totalizando aproximadamente 200 pessoas, incluindo 50 crianças, vivem em situação de extrema vulnerabilidade, tendo passado 20 anos em condições precárias. A área ocupada foi reconhecida como propriedade da União em uma sentença da Justiça Federal de Sinop.
Este caso levanta importantes questões sobre os direitos humanos, o tratamento de defensores públicos e a necessidade de uma reforma agrária justa e eficiente em Mato Grosso.
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