A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT) deflagrou, nesta quarta-feira (5), a Operação Ragnatela, revelando um esquema criminoso que envolvia diretamente o vereador Paulo Henrique (MDB). O parlamentar é suspeito de auxiliar o Comando Vermelho na obtenção de licenças através de fiscais da Prefeitura de Cuiabá. As informações foram confirmadas pelo delegado Antônio Flávio Rocha Freire, da Polícia Federal.
Esquema de Corrupção e Lavagem de Dinheiro
A operação tem como objetivo o cumprimento de mandados de prisão preventiva, busca e apreensão, além de nove sequestros de bens imóveis e 13 veículos. A investigação revelou que o empresário Willian Aparecido da Costa Pereira, proprietário do Dalas Bar, adquirido pela facção por R$ 800 mil, foi preso. O DJ Everton Muniz, conhecido como Everton Detona, foi alvo de busca e apreensão.
Envolvimento do Vereador
Paulo Henrique teria utilizado sua influência para facilitar a concessão de licenças municipais em benefício do Comando Vermelho. A operação desbaratou um esquema de corrupção que permitia ao grupo criminoso atuar livremente, utilizando estabelecimentos legais para a lavagem de dinheiro oriundo de atividades ilícitas.
Alvos da Operação Ragnatela
- Vereador Paulo Henrique (MDB): Suspeito de intermediar a obtenção de licenças para o Comando Vermelho junto à Prefeitura de Cuiabá.
- Willian Aparecido da Costa Pereira: Empresário e dono do Dalas Bar, preso por envolvimento na lavagem de dinheiro da facção.
- Everton Muniz (Everton Detona): DJ alvo de busca e apreensão.
Esforços Integrados
A Operação Ragnatela é uma ação conjunta que envolve a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e o Ministério Público Estadual. Esta força-tarefa permanente tem como objetivo principal o combate ao crime organizado em Mato Grosso.
Impacto e Repercussão
A ação representa um duro golpe contra o Comando Vermelho, desarticulando parte significativa de sua estrutura de lavagem de dinheiro e de corrupção dentro da administração pública. A operação evidencia a importância da colaboração entre diferentes forças de segurança para enfrentar o crime organizado de maneira eficaz e coordenada.
A investigação segue em andamento, com a expectativa de novas prisões e apreensões, além do aprofundamento na análise dos documentos e materiais recolhidos durante a operação.