MP Recorre de Decisão que Negou Prisão a Pecuarista Responsável por Desmate Químico no Pantanal

O Ministério Público de Mato Grosso não desiste da busca por justiça no caso do desmatamento criminoso que devastou mais de 80 mil hectares no Pantanal Mato-grossense. Claudecy Oliveira Lemes, o pecuarista acusado de gastar mais de R$ 25 milhões em desmate químico, continua em liberdade, cumprindo apenas medidas cautelares. Diante disso, o MP recorreu da decisão que negou o pedido de prisão contra ele, aguardando uma nova posição da Justiça.

Esse caso representa o maior dano ambiental já registrado no estado, e a área desmatada equivale ao território da cidade de Campinas, em São Paulo. Os advogados de Claudecy afirmam que ele vem cumprindo um acordo de reposição florestal firmado com o MP, porém, os danos causados são irreversíveis e demandam uma punição à altura.

Foram utilizados 25 agrotóxicos diferentes no desmatamento, incluindo o 2,4-D, substância conhecida por sua alta toxicidade e ligação com o chamado agente laranja, utilizado durante a Guerra do Vietnã. Desde 2019, o pecuarista acumula 15 autuações por danos ambientais no Pantanal, mas permanece em liberdade.

Além das multas já aplicadas pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema-MT), que somam R$ 5,2 bilhões, o pecuarista enfrenta outras medidas judiciais, como a indisponibilidade de suas fazendas, apreensão judicial de animais e embargo das áreas afetadas. No entanto, para muitos, essas medidas não são suficientes para reparar os danos causados ao meio ambiente e à biodiversidade do Pantanal.

O desmatamento químico realizado por Claudecy Oliveira Lemes é um crime ambiental de proporções alarmantes, que demanda uma resposta eficaz por parte da justiça para garantir a proteção dos ecossistemas naturais e a punição dos responsáveis por sua destruição. O Ministério Público continua firme em sua busca por justiça e pela preservação do nosso patrimônio ambiental.

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