“Cuiabá merece dignidade e respeito”, diz Maysa Leão ao criticar gestão por atrasos em obras

Durante a sessão ordinária desta terça-feira (14), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Cuiabá para fazer um duro pronunciamento sobre o episódio envolvendo o Centro Médico Infantil (CMI- Antony Gabriel de Souza Gomes de Moraes), cuja inauguração anunciada pela Prefeitura foi transformada, de última hora, em uma “vistoria técnica”.

A parlamentar afirmou que a mudança repentina no evento levantou sérias dúvidas sobre a condução da gestão municipal e alertou para a necessidade de respeito à Lei Municipal que proíbe a inauguração de obras inacabadas.

“Foi anunciado diversas vezes uma inauguração para o domingo, dia 12. E a mudança do anúncio para uma visita técnica foi, espero eu, orientada pela Procuradoria do Município, porque existe uma lei que proíbe inauguração de obra inacabada. Isso não é um detalhe. É respeito à população”, destacou Maysa.

A vereadora relatou que desde julho tem acompanhado o andamento da obra e que a gestão municipal anunciou duas datas anteriores para a inauguração, 23 de agosto e 12 de outubro, nenhuma delas cumprida. “Eu estive lá em todas as ocasiões, fiscalizando, conversando com a equipe técnica, acompanhando de perto. E agora, de repente, o que seria uma inauguração virou uma visita técnica. Precisamos de seriedade”, afirmou.

Maysa criticou a postura do prefeito ao declarar que “a partir de agora não haverá mais datas para entrega de obras”. Segundo ela, essa decisão é ilegal e desrespeitosa com os cidadãos.

“O prefeito não pode simplesmente decidir que não vai mais dar data de entrega. Cuiabá é regida por lei. Toda obra pública precisa ter placa, com data de início e de conclusão. Não vivemos em um reino, vivemos em uma cidade com regras. O prefeito tem que cumprir a lei orgânica e prestar contas à população”, cobrou.

Durante o discurso, a vereadora também reforçou a importância do Centro Médico Infantil, que recebeu o nome do Antony, em homenagem à criança cuja morte gerou grande comoção em Cuiabá.

“O nome do menino Antony foi dado porque ele passou por uma situação inaceitável. Sua mãe não chora apenas pela perda do filho, mas pelo atendimento desumano, pela falta de estrutura, pela sensação de impotência. Brincar de inauguração com mães que esperam um serviço de saúde digno é cruel”, lamentou.

Encerrando sua fala, Maysa reforçou que a Câmara de Cuiabá continuará fiscalizando a execução das obras públicas e cobrando prazos concretos e transparência da gestão municipal.

“Se o prefeito está cansado, que descanse, que busque ajuda e volte com força. Mas ele vai ter que dar datas, cumprir o que promete e respeitar as leis. Cuiabá não é um reino, é uma cidade de gente trabalhadora, sofrida e que merece dignidade e respeito. E é por esse povo que nós vamos continuar cobrando”, finalizou.

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