Câncer de mama: detecção precoce salva vidas

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 73 mil novos casos de câncer de mama surjam anualmente no Brasil. Diante dessa projeção alarmante, iniciativas de saúde pública têm buscado ampliar o acesso das mulheres ao diagnóstico precoce, com destaque para o rastreamento por mamografia, exame essencial para detectar a doença em estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz.

Como parte dessas ações, neste ano, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para o rastreamento ativo do câncer de mama no Brasil. Agora, mulheres de 50 a 74 anos devem realizar mamografias a cada dois anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Durante reunião do Conselho Consultivo da Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (CONSINCA), a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) também recomendou a adoção do chamado “rastreamento sob demanda” para mulheres entre 40 e 49 anos, ou seja, a realização do exame mediante indicação médica, sem periodicidade obrigatória.

Essas medidas reforçam a importância da detecção precoce. Estudos indicam que o diagnóstico em fases iniciais reduz significativamente os riscos de mortalidade e permite tratamentos mais eficazes e menos invasivos. “Os primeiros sinais podem ser percebidos pela própria mulher, por meio do exame de toque, uma prática simples, mas essencial para identificar alterações nas mamas”, destaca Cristina Guimarães Inocêncio, oncologista clínica e diretora administrativa da Oncomed-MT.

Mudanças como o surgimento de nódulos, manchas, vermelhidão ou alterações na aparência dos mamilos devem ser imediatamente avaliadas por um profissional de saúde. Além disso, a importância das consultas médicas regulares e da realização de exames de mamografia não pode ser esquecida.

Acesso – De acordo com Femama, apesar do avanço nas políticas públicas, ainda existem desafios em relação à busca ativa pelo rastreamento da doença, especialmente em regiões com maior vulnerabilidade. A instituição alerta para a necessidade de intensificar os esforços para garantir que todas as mulheres, independentemente de idade ou condição social, tenham acesso a exames e cuidados médicos adequados.

Médica atuante na saúde pública e na rede privada, Cristina reforça que o conhecimento, aliado ao acesso aos exames, é essencial para mudar a realidade da doença no país. “Mais do que saber identificar os sinais, é fundamental que as mulheres tenham acesso aos serviços de saúde e busquem o diagnóstico. A informação, combinada com o atendimento oportuno, é o que realmente pode reduzir os índices de casos avançados e aumentar as chances de cura”.

Outubro Rosa – A campanha surgiu nos Estados Unidos, na década de 1990, como parte de um movimento internacional para conscientizar a população sobre o câncer de mama e a importância do diagnóstico precoce. O nome faz referência ao laço cor-de-rosa, símbolo mundial da luta contra a doença. Desde então, o movimento ganhou força em diversos países, incluindo o Brasil, onde passou a mobilizar instituições de saúde, organizações da sociedade civil e o poder público.

Durante todo o mês, a Oncomed-MT promoverá informação sobre detecção precoce, sinais e sintomas, exame de rastreio, tratamento e outros assuntos relacionados ao câncer de mama. No dia 18/10, a clínica também realizará um mutirão de atendimento com consultas e mamografias. As inscrições serão divulgadas em breve no Instagram da clínica. Mais informações podem ser acessadas no site e no Instagram da Oncomed-MT.

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