O vereador Demilson Nogueira (PP) manifestou, nesta quinta-feira (25), repúdio ao comportamento de alguns colegas durante a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Estacionamento Rotativo, realizada na véspera, na Câmara de Cuiabá. A reunião ganhou repercussão após a apreensão temporária de dois celulares de um representante da CS Mobi, determinada pelo vereador Rafael Ranalli (PL).
Segundo Nogueira, a postura observada deixou a desejar em termos de atuação parlamentar. “Olha, o que aconteceu aqui ontem, por parte de alguns colegas vereadores, deixa muito a desejar. Não vou avançar muito, até porque minha opinião é um tanto quanto radical, mas vou me limitar a dizer que foram absurdos”, afirmou durante coletiva.
A confusão começou quando Henrique Rodrigues de Freitas, analista de gestão contratual da CS Mobi, foi flagrado filmando a sessão. Apesar de a empresa ter informado previamente que não participaria, o funcionário explicou que acompanhava a reunião por interesse pessoal, em seu dia de folga.
O vereador Dilemário Alencar (União) solicitou que o celular de Henrique fosse disponibilizado para análise, o que foi recusado. Em seguida, Ranalli determinou a apreensão do aparelho, alegando que a comissão teria prerrogativa para tal medida. Minutos depois, diante da contestação da vereadora Maysa Leão (Republicanos), que destacou a necessidade de autorização formal, os celulares foram devolvidos.
Para Demilson, a decisão de Ranalli foi um excesso injustificável. “Que diferença vai fazer se a sessão já estava sendo filmada e transmitida ao vivo? Para mim foi um exagero, não vou alongar o comentário porque discordo plenamente do que aconteceu ali”, concluiu.
O episódio acirrou ainda mais os ânimos em torno da CPI, que apura o contrato da Prefeitura com a CS Mobi, empresa responsável pelo estacionamento rotativo na capital.