Em um mercado de moda ditado pela velocidade e pelo descarte, a jovem empresária Julitka Tiutiunic surge com uma proposta de ruptura. Sua marca de estreia, a AKRAZA, é uma declaração de princípios, onde o “dark luxury” encontra a herança eslava em peças de tiragem ultralimitada.
Mais do que roupas, Julitka vende um conceito: o de que vestir-se é carregar uma história. Em conversa exclusiva, ela detalha a filosofia por trás de sua visão provocadora e o que a motivou a agir “agora ou nunca”.

AKRAZA é uma ideia que você carregava há muito tempo.
O que te fez sentir que este era o momento exato para lançar a marca?
“Eu sempre tive as roupas desenhadas, a marca já existia em mim. O que faltava era agir. O momento certo veio quando algumas pessoas muito importantes me fizeram ver que não havia motivo para adiar. Quando percebi que elas acreditavam em mim também, isso me deu força — e eu entendi que era agora ou nunca.”
A estética é muito particular, unindo a força eslava a um universo gótico.
Como esse DNA cultural e pessoal se traduz na primeira coleção?
“O DNA cultural do Leste Europeu está na estrutura: ombros marcados, cortes firmes, tecidos que remetem a essa força. Já a parte gótica vem de mim mesma, do meu gosto pessoal. A adaptação para o Brasil acontece em estampas e modelagens mais leves. Mas a base da AKRAZA sempre será eslava — o que muda é a forma como ela dialoga com cada lugar.”
A marca se posiciona contra o consumo em massa.
Como essa filosofia se manifesta na prática, para o cliente?
“A AKRAZA nasce em oposição a isso. Não seguimos tendências passageiras. Trabalhamos com peças limitadas — no máximo três unidades de cada modelo estruturado — para garantir exclusividade total. Nossa intenção não é vestir todo mundo, e sim quem entende e se conecta com a nossa mensagem.”
A experiência de compra também parece ser um diferencial, com detalhes como QR codes nas etiquetas. Por que essa atenção aos detalhes que vão além da peça em si?
“Desde o início, eu quis criar algo diferente.
A embalagem, a compra pelo site, o ato de vestir — tudo foi pensado para ser uma experiência única. O QR Code que leva à história do produto é parte disso. Para mim, a AKRAZA não é só sobre a roupa, é sobre a vivência que ela proporciona do começo ao fim.”
“Vestir AKRAZA é marcar presença com algo que carrega mais que tecido carrega história.”