O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao centro do debate internacional após uma coletiva na Casa Branca, onde Donald Trump demonstrou alinhamento político com o aliado brasileiro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), que acompanha de perto os movimentos do republicano nos Estados Unidos, mostrou otimismo em relação a uma nova ordem executiva assinada por Trump no início de setembro.
Segundo Eduardo, a medida pode aumentar a pressão internacional sobre a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “Meu pai se enquadra nas diretrizes dessa norma, que trata de detenções injustas no exterior. Ele é refém de Alexandre de Moraes”, declarou.
Ordem executiva
O texto da ordem estabelece que o Departamento de Estado norte-americano pode intervir em casos de prisões de estrangeiros, sempre que houver interesse nacional envolvido. Entre as possíveis sanções estão a revogação de vistos, restrições comerciais e outras medidas contra governos considerados responsáveis por “prisões indevidas”.
Eduardo Bolsonaro argumenta que a condenação de Jair Bolsonaro — 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado em 2022 — seria um exemplo de perseguição política. Em publicações no X, o deputado classificou o ex-presidente como “preso político” e acusou o ministro Alexandre de Moraes de violar direitos humanos.
Alinhamento com Trump
Desde o início do ano, Eduardo vive nos Estados Unidos, onde busca mobilizar apoio político e retaliações contra autoridades brasileiras. Para ele, a reeleição de Trump pode redefinir o cenário jurídico enfrentado pelo pai no Brasil.
Apesar das medidas já anunciadas pelo republicano — como tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e sanções contra ministros do STF —, Jair Bolsonaro segue condenado e preso. O caso, no entanto, ganhou novo fôlego na narrativa bolsonarista, que agora aposta no respaldo da Casa Branca para tentar alterar o curso dos acontecimentos.