A Justiça decretou a prisão temporária, por 30 dias, do policial militar Raylton Mourão e de sua esposa, Aline Valando Kounz, suspeitos de envolvimento no assassinato da personal trainer Rozeli da Costa Nunes, de 33 anos. O crime ocorreu na última quinta-feira (11), no bairro Cohab Canelas, em Várzea Grande.
O casal não foi localizado durante diligências da Polícia Civil e agora é considerado foragido.
Crime pode estar ligado a acidente de trânsito
As investigações apontam que a execução de Rozeli pode estar relacionada a um acidente de trânsito em março deste ano, envolvendo o carro da vítima, uma motocicleta e um caminhão-pipa da empresa Reizinho Água Potável, de propriedade de Raylton e Aline.
Na ocasião, o caminhão teria avançado em uma via preferencial sem sinalização, obrigando Rozeli a frear bruscamente. O veículo dela foi atingido na traseira por uma motocicleta.
Meses depois, em julho, Rozeli ingressou na Justiça pedindo indenização de até R$ 9,6 mil por danos materiais e morais. Uma audiência de conciliação estava marcada para a próxima terça-feira (16).
Execução filmada
Rozeli foi atacada quando saía de casa para trabalhar. Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens em uma motocicleta se aproximam da vítima. O garupa desce do veículo e efetua disparos à queima-roupa, atingindo-a no rosto.
Casada com um caminhoneiro que estava em viagem no dia do crime, Rozeli deixou duas filhas.
Mandados e buscas
No sábado (13), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na residência do casal, no bairro São Simão, mas eles já não estavam no local. Foram apreendidos pertences pessoais de Raylton, como a arma funcional e a carteira. O sistema de gravação de imagens da casa havia sido retirado, dificultando a análise de movimentações recentes.
Entre os materiais apreendidos estava um capacete semelhante ao usado pelo atirador flagrado nas imagens do crime. Todos os itens passarão por perícia.
Irregularidades na empresa
Além do homicídio, a polícia apura supostas irregularidades na empresa de distribuição de água do casal. Conforme registros oficiais, o negócio não possui CNPJ ativo nem cadastro regular na Receita Federal.
PM acompanha o caso
A Corregedoria da Polícia Militar informou que instaurou procedimento administrativo para investigar a conduta de Raylton Mourão e acompanhou a operação da Polícia Civil durante o cumprimento dos mandados.