Sinop foi palco, neste domingo (24), de uma tragédia que expõe, mais uma vez, a face cruel da violência contra a mulher. Ana Paula Abreu, de apenas 33 anos, foi assassinada dentro de casa com 20 golpes de faca desferidos pelo próprio marido, Lucas França, preso em flagrante logo após o crime.
O caso por si só já choca pela brutalidade. Mas há um detalhe que torna a história ainda mais dolorosa: apenas quatro dias antes de morrer, Ana Paula havia feito uma declaração pública de amor ao companheiro em seu perfil no Instagram. “Você é o motivo pelo qual voltei a sorrir, você é a luz que ilumina a minha vida… você é o amor da minha vida”, escreveu ela, sem imaginar que esse mesmo amor se transformaria em violência fatal.
Natural de Brasília, Ana Paula estava em Sinop há poucos meses, buscando recomeços. O que encontrou, porém, foi um fim precoce e brutal. O feminicídio, infelizmente, não é caso isolado: os números crescem em todo o Brasil, deixando famílias devastadas e histórias interrompidas.
O destino de Ana Paula reforça a necessidade urgente de discutir, de forma séria e contínua, a proteção das mulheres. O amor, quando verdadeiro, nunca mata. O que mata é o controle, a possessividade e o machismo que ainda enraízam nossa sociedade.
Mais que uma estatística, Ana Paula deixa para trás não apenas a memória de uma jovem que sonhava, mas também um alerta: é preciso olhar para os sinais e não silenciar diante da violência.
