O Banco do Brasil disponibilizou um cartão de crédito da bandeira Elo ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, após o bloqueio de um cartão de bandeira americana. A medida ocorreu em resposta às sanções aplicadas ao magistrado pelo governo dos Estados Unidos, por meio da chamada Lei Magnitsky, que impõe restrições financeiras e proíbe negócios com cidadãos e empresas americanas a estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
Segundo informações do jornal Valor Econômico, a oferta do cartão nacional é controlada pelo Banco do Brasil, em parceria com Bradesco e Caixa Econômica Federal. O BB não comentou oficialmente a operação, e outros bancos também se abstiveram de falar, citando sigilo bancário.
A aparição pública de Moraes ocorreu nesta quinta-feira (21), em São Paulo, durante palestra técnica a advogados especializados em direito administrativo, na qual analisou mudanças recentes na Lei de Improbidade Administrativa, como a suspensão cautelar de alterações na prescrição de crimes de improbidade.
O evento aconteceu um dia após o ministro determinar que o ex-presidente Jair Bolsonaro tem até sexta-feira (22) para depor à Polícia Federal sobre uma possível tentativa de fuga à Argentina. A PF informou que Bolsonaro teria registrado em seu celular um pedido de asilo político ao presidente argentino, Javier Milei, alegando perseguição no Brasil.
Além de Moraes, outras autoridades brasileiras também foram afetadas por sanções norte-americanas. O jornalista Paulo Figueiredo divulgou que o governo Trump revogou vistos do ministro de Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, do senador Rodrigo Pacheco e de familiares próximos, em ações ligadas a sanções contra integrantes da Suprema Corte brasileira.
