Emilly Souza deixa prisão, mas cumpre medidas cautelares após investigação de jogos online

A influenciadora digital Emilly Souza, natural de Cuiabá, deixou a prisão nesta quarta-feira (13) após decisão da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE). Ela era apontada como participante de um esquema de divulgação de jogos de apostas online, incluindo o polêmico “Jogo do Tigrinho”.

Apesar da liberdade, Emilly terá que cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e a proibição de usar redes sociais ou participar de qualquer atividade econômica ligada a apostas ou sorteios. A decisão unânime dos desembargadores seguiu o voto do relator Sérgio Luiz Arruda Parente, que acolheu parcialmente o habeas corpus apresentado pelo advogado Rodrigo Pouso Miranda.

Emilly foi alvo da Operação Quéfren, deflagrada em abril deste ano pela Polícia Civil do Ceará, mas só foi presa em junho, na casa de sua mãe, no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá. A operação atingiu outros estados, incluindo Mato Grosso, São Paulo e Pará, com 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão e bloqueio de bens.

A investigação apontou que influenciadores digitais gravavam conteúdos simulando ganhos em plataformas de cassino online para atrair novos apostadores, usando contas “demo” para criar a ilusão de lucro. Além do pagamento financeiro, os envolvidos recebiam viagens e ostentavam nas redes sociais um estilo de vida ligado à prosperidade no jogo.

Emilly e os demais participantes do esquema seguem sob supervisão judicial, enquanto o caso revela o impacto das redes sociais na disseminação de plataformas de apostas e os riscos da influência digital sobre seguidores.

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