Marlon Figueiredo afirma estar recebendo mensagens agressivas de Larissa Karolina, que responde por maus-tratos com resultado em morte; acusada deixou presídio na última sexta-feira (25) e passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica
O protetor de animais Marlon Figueiredo denunciou, neste domingo (27), estar sendo alvo de ameaças por parte de Larissa Karolina Silva Moreira, mulher trans acusada de adotar gatos para depois matá-los em Cuiabá. A denúncia foi feita por meio das redes sociais, onde Marlon publicou prints de mensagens supostamente enviadas por Larissa após a sua soltura, determinada pela Justiça.
“Vocês vão me pagar bem caro. Me aguardem protetores do inferno”, diz uma das mensagens atribuídas a Larissa. Em outra, ela afirma: “Eu venci a batalha e ganharei essa guerra”, demonstrando ressentimento pelas denúncias feitas por protetores da causa animal que resultaram em sua prisão.
Larissa havia sido presa em flagrante no dia 13 de junho, acusada de maus-tratos com resultado de morte. De acordo com a Polícia Civil, ela teria adotado diversos gatos por meio de anúncios em redes sociais, e os animais posteriormente foram encontrados mortos em um terreno baldio próximo à residência dela, no bairro Jardim Presidente.
Segundo depoimento do namorado de Larissa à Delegacia Especializada do Meio Ambiente (DEMA), ela teria matado pelo menos quatro gatos desde o início do ano. Ele também afirmou que ela justificava os atos alegando que os animais haviam a arranhado. Na residência da acusada, a polícia encontrou rações velhas, fezes, vestígios de sangue, um lençol sujo e um filhote de cachorro, mas nenhum gato vivo foi localizado.
Apesar da gravidade das acusações, na última sexta-feira (25), a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Garantias do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), concedeu a liberdade provisória à acusada, substituindo a prisão preventiva por medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno, nos fins de semana e feriados.
A decisão causou revolta entre ativistas da causa animal, que continuam cobrando justiça. “Seguimos cobrando justiça real, proteção à vida animal e segurança para quem denuncia! A causa animal precisa ser levada a sério!”, escreveu Marlon em sua publicação.
O caso segue sob investigação da DEMA. Caso Larissa descumpra qualquer das medidas cautelares impostas pela Justiça, sua prisão poderá ser decretada novamente.