A cena política brasileira ganhou um novo capítulo dramático nesta terça-feira (29/7). Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão por envolvimento em caso de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), foi presa na Itália — país onde buscava refúgio, alegando cidadania.
O crime que motivou sua condenação envolveu a ingerência de um hacker para inserção de mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes, além de adulterações no sistema digital do Judiciário. Na ocasião, o STF determinou também a cassação do mandato da parlamentar e a indenização de R$ 2 milhões, compartilhada com o hacker Walter Delgatti.
A detenção ocorreu após a Justiça brasileira solicitar a extradição de Zambelli, uma vez que ela fugiu do país ainda em junho, antes da execução da pena. A prisão foi confirmada oficialmente pela Polícia Federal e pelo Ministério da Justiça.
Para aliados, a prisão representa um ponto de virada: fim do ciclo de impunidade e o início da execução da pena. Para críticos, é a cristalização de um processo que extrapola o debate político, tornando-se uma questão de respeito às instituições democráticas.