Ex-jogador de basquete espancou a namorada com 60 socos

Um novo vídeo que circula nas redes sociais reforça o perfil violento de Igor Eduardo Pereira Cabral, ex-jogador da seleção brasileira de basquete 3×3, preso no último sábado (26/7), após desferir mais de 60 socos no rosto da namorada dentro do elevador de um condomínio de luxo na zona sul de Natal (RN).

As imagens agora reveladas mostram Igor em uma briga corporal com um amigo, durante uma festa realizada no município de Caicó, no interior do Rio Grande do Norte. O vídeo, analisado pela Polícia Civil, indica que o comportamento agressivo do ex-atleta não foi um caso isolado, mas parte de um histórico de explosões violentas.

Em depoimento, Igor alegou que sofreu um “surto claustrofóbico” no elevador, versão que contradiz a motivação apontada pela vítima e por testemunhas: ciúmes. Segundo relatos, o agressor se enfureceu após ver uma conversa da mulher com um amigo no celular. Ele quebrou o aparelho, jogou na piscina e a esperou para cometer o ataque covarde.

O crime, registrado por volta das 16h de sábado (26), foi flagrado pelas câmeras internas do elevador. A gravação mostra o momento em que Igor, assim que a porta se fecha, parte com extrema violência para cima da mulher, que não teve chances de reação.

A vítima de 35 anos sofreu múltiplas fraturas no rosto e na mandíbula, e será submetida a cirurgia nos próximos dias. Por causa das lesões, ela não consegue falar e prestou depoimento por escrito à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam).

Segundo uma amiga da vítima, o segurança do condomínio assistiu à cena em tempo real pelas câmeras e acionou imediatamente a Polícia Militar. Igor foi contido por moradores ao chegar ao térreo e preso em flagrante. A Justiça converteu a prisão em preventiva, sem prazo para soltura.

Histórico e repercussão

Além do vídeo da festa em Caicó, a polícia apura outras possíveis ocorrências envolvendo Igor Cabral. A investigação tenta traçar o padrão de comportamento violento do ex-atleta, que já teve passagem por campeonatos internacionais e até pelos Jogos Olímpicos.

A exposição do caso nas redes sociais tem gerado forte comoção e levantado novamente o debate sobre feminicídio, impunidade e a urgência da proteção à mulher.

A Polícia Civil orienta que vítimas de qualquer tipo de violência denunciem os agressores o quanto antes. A denúncia é anônima e pode ser feita pelo número 180 ou em qualquer delegacia da mulher.

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