O juiz Ricardo Frazon Menegucci, da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra (239 km de Cuiabá), determinou a suspensão do exercício da função pública e do porte de arma de fogo do policial penal J.A.S.F., investigado por suspeita de facilitar a entrada de celulares e entorpecentes no Centro de Detenção Provisória (CDP) do município.
Segundo a decisão, as investigações apontam que o servidor utilizava sua posição para inserir aparelhos celulares e drogas na unidade prisional, cobrando R$ 2,5 mil por cada celular introduzido. A Polícia Judiciária Civil denunciou o caso, solicitando, além do afastamento e da suspensão do porte de arma, a prisão preventiva do suspeito.
O magistrado, no entanto, negou o pedido de prisão preventiva, argumentando que o acusado possui condições pessoais favoráveis e que os crimes investigados não envolvem violência ou ameaça grave. Em substituição, aplicou medidas cautelares consideradas suficientes para preservar a ordem pública e o andamento do processo.
A decisão também autorizou mandado de busca e apreensão no alojamento da Polícia Penal de Tangará da Serra, com o objetivo de localizar eventuais entorpecentes ou outros objetos ilícitos. Além disso, foi autorizada a quebra do sigilo de dados telefônicos de aparelhos já apreendidos.
As medidas, segundo o juiz, são proporcionais diante da gravidade das suspeitas e da função exercida pelo investigado. O processo tramita sob segredo de justiça para não comprometer as investigações em curso.