O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), encerra nesta quinta-feira (3) o decreto de calamidade financeira que marcou os seis primeiros meses de sua gestão. A medida, adotada logo após sua posse, teve como principal foco a contenção de gastos e a reorganização das finanças públicas herdadas da gestão anterior.
Segundo Abilio, ao assumir o comando da Prefeitura, a situação era crítica: R$ 700 milhões em dívidas de curto prazo, inclusive com salários de dezembro de 2024 dos servidores em aberto. “Infelizmente, a gente encontrou uma Prefeitura cheia de dívidas, sem recursos em caixa. Não havia dinheiro para pagar sequer a folha salarial do mês trabalhado”, declarou o prefeito à imprensa.
Para reverter o cenário, a administração adotou um plano emergencial de cortes e reequilíbrio fiscal, liderado pela Secretaria Municipal de Economia. “O Marcelo Bussiki ralou muito, os secretários todos trabalharam duro para cortar despesas sem afetar os serviços essenciais”, destacou Abilio.
Sete folhas pagas em seis meses
Um dos marcos da atual gestão, segundo o prefeito, foi a quitação de sete folhas salariais em apenas seis meses — incluindo a regularização do pagamento atrasado de dezembro e a manutenção da folha em dia nos meses seguintes. “Foi uma situação muito difícil, mas conseguimos manter todas as secretarias funcionando e ainda colocar as contas em ordem”, disse.
Um relatório detalhado com os resultados das medidas econômicas adotadas será entregue ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) na próxima quarta-feira (9), conforme adiantou o gestor.
Próximos passos
Com o fim do decreto de calamidade, Abilio afirmou que a Prefeitura seguirá com o foco em austeridade, mas com avanços estruturais. “A prioridade sempre foi estabilizar as contas públicas. Agora seguimos ajustando o que ainda precisa ser corrigido, sem parar os serviços da cidade”, concluiu.
