Um médico que atuava no Pronto-Socorro Central de Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi afastado de suas funções após ser acusado de consumir vodca momentos antes de iniciar o plantão, no último domingo (29). A denúncia partiu de um paciente que aguardava atendimento na unidade e flagrou o profissional comprando bebida alcoólica em uma barraca próxima.
O denunciante, Felipe Gomes Hatzopoulos, mecânico, relatou ao portal iG que viu o médico adquirir duas doses de vodca em um ponto de venda nas imediações do pronto-socorro, localizado no bairro Guilhermina. “Eu estava tomando um suco, aí chegou esse cara pedindo duas doses de vodka, deixou o copo Stanley dele e foi buscar outra coisa. Depois ele pagou rápido e voltou em direção ao PS, todo se tremendo”, relatou.
Poucos minutos depois, Felipe reconheceu o mesmo homem já vestido com jaleco branco, dentro do consultório. Segundo ele, ao se aproximar do copo do médico, percebeu um forte cheiro de álcool. “Quando eu abri, tombou vodka no colo de outro paciente. Todo mundo sentiu o cheiro”, afirmou.
O mecânico gravou vídeos mostrando o recipiente e o momento em que o médico tenta descartar o conteúdo na pia. Ele também procurou a administração do pronto-socorro para relatar o ocorrido. “Eu falei: ‘você tá cuidando da saúde do povo, olha o que você tá fazendo’”, disse.
A Polícia Militar foi acionada, mas, de acordo com Felipe, o médico não chegou a ser levado à delegacia. A Secretaria de Segurança Pública informou que o caso foi registrado como uma ocorrência não criminal.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande confirmou o afastamento do médico e esclareceu que ele é vinculado à Organização Social SPDM, responsável pela gestão da unidade, e não faz parte do quadro direto de servidores públicos municipais. O médico não se pronunciou até o momento.
A SPDM ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.
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