Juliana Marins é encontrada morta após quatro dias desaparecida em vulcão

A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (25) durante uma operação de resgate no Monte Rinjani, na Indonésia. A informação foi confirmada pela família da jovem por meio de um comunicado publicado nas redes sociais.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz a nota.

 

Juliana sofreu o acidente por volta das 19h da última sexta-feira (20), durante uma trilha no Parque Nacional do Monte Rinjani, conhecido por suas trilhas íngremes e penhascos de difícil acesso. Se passaram mais de 85 horas desde a queda. Drones chegaram a localizá-la imóvel na encosta, mas até então não havia confirmação oficial sobre seu estado de saúde. Tentativas de apoio aéreo com helicópteros foram frustradas devido à densa neblina que encobria a região.

As buscas reuniram 48 socorristas e militares, que enfrentaram obstáculos severos, como terreno escorregadio, chuva e visibilidade reduzida. Na noite de segunda-feira, por volta das 22h (4h da manhã no horário local), a operação de resgate foi retomada. As equipes conseguiram descer aproximadamente 400 metros em direção ao ponto onde Juliana havia sido vista, mas a estimativa inicial foi superada: ainda restariam cerca de 650 metros até o local onde o corpo estava, em um penhasco com mais de 500 metros de profundidade.

As atividades desta terça-feira foram acompanhadas pelo Diretor de Operações de Busca e Resgate da região. Uma nova avaliação está em andamento para garantir que a evacuação possa ser realizada com segurança, assim que as condições climáticas e do terreno permitirem.

O pai da jovem, Manoel Marins, embarcou na manhã desta terça-feira para Bali, onde acompanha os trâmites para a liberação e repatriação do corpo da filha. Em uma postagem nas redes sociais, ele publicou uma mensagem de esperança momentos antes de decolar, por volta das 6h30 (horário de Brasília). “Preciso que continuem orando pela Juliana, pelo resgate dela, para que ela esteja bem e possa voltar conosco”, escreveu.

O voo, com duração prevista de quase 10 horas, sofreu atraso ao precisar aguardar autorização para cruzar o espaço aéreo do Catar, fechado em razão de recentes ataques no Oriente Médio.

Imagens feitas durante a madrugada mostram os socorristas enfrentando condições adversas, como chuva, neblina e trilhas estreitas. Os drones que acompanharam a operação captaram imagens de Juliana imóvel na encosta, mas sem confirmação sobre seu estado até que as equipes finalmente chegaram ao local nesta terça-feira e constataram o óbito.

A família da jovem, natural de São Paulo, agradeceu nas redes sociais pelo apoio recebido durante os dias de buscas e acompanha junto às autoridades indonésias os próximos passos para o translado do corpo.

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