Além de confessar o assassinato do advogado Renato Nery, o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva revelou, em depoimento prestado nesta quinta-feira (15), que alugou a arma usada no crime por R$ 1,5 mil. Ele afirmou não saber o nome do proprietário da arma, mas disse ao delegado Bruno Abreu, da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), que a pessoa já está morta.
Durante o depoimento, Alex reafirmou ter executado o crime a mando dos empresários Cesar Jorge Sechi e Julinere Goulart Bastos, ambos presos no dia 9 de maio. Segundo ele, houve arrependimento após o assassinato.
Alex trabalhava como caseiro do policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, também indiciado por envolvimento no homicídio. Em entrevista coletiva concedida na segunda-feira (12), o delegado Bruno Abreu revelou que Heron contratou Alex dois meses antes do crime e contou à polícia que o caseiro monitorava a rotina de Renato Nery diariamente, inclusive tendo parado na porta do escritório do advogado um dia antes do crime.
Outro indiciado é o policial militar Jackson Pereira Barbosa, de 39 anos. Conforme as investigações, ele teria sido o elo de ligação entre os mandantes e os executores do assassinato.
O crime
Renato Nery foi baleado no dia 5 de julho de 2024, ao chegar em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. Ele chegou a ser socorrido e passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.