A crescente rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Mato Grosso tem se refletido diretamente na baixa competitividade eleitoral de seu ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), pré-candidato ao Senado Federal em 2026. Segundo levantamento do instituto Paraná Pesquisas, Fávaro aparece apenas em sexto lugar entre os nomes mais citados, com 11,2% das intenções de voto na pesquisa estimulada.
O desempenho do ministro está ligado à forte impopularidade do presidente Lula no estado. De acordo com o mesmo instituto, o petista é rejeitado por 64,6% dos mato-grossenses, sendo considerado “péssimo” por 44% dos entrevistados. A associação direta de Fávaro ao governo federal, especialmente em um estado de perfil majoritariamente conservador e crítico ao atual governo, tem prejudicado sua viabilidade eleitoral.
Na pesquisa estimulada, Fávaro está atrás de:
Mauro Mendes (União Brasil) – 60,8%
Janaina Riva (MDB) – 29,2%
Pedro Taques (sem partido) – 18,3%
Jayme Campos (União Brasil) – 15,1%
José Medeiros (PL) – 13%
Fávaro só supera Rosa Neide (PT), com 7,3%, e Antônio Galvan (DC), com 3,8%. O percentual de brancos e nulos é de 7,5%, enquanto 5,8% dos entrevistados disseram não saber em quem votar.
Na modalidade espontânea — quando os nomes dos candidatos não são apresentados — o cenário é ainda mais incerto. O governador Mauro Mendes lidera novamente, com 7,1%, seguido por Janaina, Medeiros e Wellington Fagundes, todos com 0,8%. Fávaro tem apenas 0,3%, mesmo índice de Pedro Taques. O índice de eleitores indecisos chega a 81,4%, revelando um eleitorado ainda pouco engajado com a disputa para o Senado.
A pesquisa foi realizada entre os dias 7 e 11 de maio de 2025, com 1.540 entrevistas presenciais em 60 municípios de Mato Grosso. O levantamento tem margem de erro de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%.
